As Manigâncias de Dona Frozina – Conto de Clarice Lispector
–Também com esse dinheiro mirrado… Isso é o que a viúva dona Frozina diz do montepio. Mas dá para ela
Continue lendoContos, crônicas e poesias de autores brasileiros
–Também com esse dinheiro mirrado… Isso é o que a viúva dona Frozina diz do montepio. Mas dá para ela
Continue lendoDESPOJAMENTO O cavalo é nu. FALSA DOMESTICAÇÃO O que é cavalo? É liberdade tão indomável que se torna inútil aprisioná-lo
Continue lendoUma vez, não tendo o que fazer, fiz uma espécie de exercício de escrever, para me divertir. E diverti-me. Tomei
Continue lendoMas era primavera. Até o leão lambeu a testa glabra da leoa. Os dois animais louros. A mulher desviou os
Continue lendo(para Mafalda) De manhã cedo era sempre a mesma coisa renovada: acordar. O que era vagaroso, desdobrado, vasto. Vastamente ela
Continue lendoEle era triste e alto. Jamais falava comigo que não desse a entender que seu maior defeito consistia na sua
Continue lendoLembro-me ainda de Jimmy, aquele rapaz de cabelos castanhos e despenteados, encobrindo um crânio alongado de rebelde nato. Lembro-me de
Continue lendoPois é. Cujo pai era amante, com seu alfinete de gravata, amante da mulher do médico que tratava da filha,
Continue lendoTinha oitenta e um anos de idade. Chamava-se dona Cândida Raposo. Essa senhora tinha a vertigem de viver. A vertigem
Continue lendoSe era inteligente, não sabia. Ser ou não inteligente dependia da instabilidade dos outros. Às vezes o que ele dizia despertava de repente nos adultos um olhar satisfeito e astuto. Satisfeito, por guardarem em segredo o fato de acharem-no inteligente e não o mimarem; astuto, por participarem mais do que ele próprio daquilo que ele dissera. Assim, pois, quando era considerado inteligente, tinha ao mesmo tempo a inquieta sensação de inconsciência: alguma coisa lhe havia escapado. A chave de sua inteligência também lhe escapava.
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