Anedota Pecuniária – Conto de Machado de Assis
Chama-se Falcão o meu homem. Naquele dia — quatorze de abril de 1870 — quem lhe entrasse em casa, às
Continue lendoContos, crônicas e poesias de autores brasileiros
Chama-se Falcão o meu homem. Naquele dia — quatorze de abril de 1870 — quem lhe entrasse em casa, às
Continue lendoNunca encontro esta senhora que me não lembre a profecia de uma lagartixa ao poeta Heine, subindo os Apeninos: “Dia
Continue lendoHá umas ocasiões oportunas e fugitivas, em que o acaso nos inflige duas ou três primas de Sapucaia; outras vezes,
Continue lendoCAPÍTULO PRIMEIRO NO MAR — O que, meu caro Stroibus! Não, impossível. Nunca jamais ninguém acreditará que o sangue de
Continue lendoA irritação da dama tinha afrouxado muito; mas, o sentimento de humilhação subsistia. Mariana não chorou, não clamou, como supunha que ia fazer; mas, consigo mesma, recordou a simplicidade do pedido, os sarcasmos de Conrado, e, posto reconhecesse que fora um pouco exigente, não achava justificação para tais excessos. Ia de um lado para outro, sem poder parar; foi à sala de visitas, chegou à janela meio aberta, viu ainda o marido, na rua, à espera do bond, de costas para casa, com o eterno e torpíssimo chapéu na cabeça. Mariana sentiu-se tomada de ódio contra essa peça ridícula; não compreendia como pudera suportá-la por tantos anos. E relembrava os anos, pensava na docilidade dos seus modos, na aquiescência a todas as vontades e caprichos do marido, e perguntava a si mesma se não seria essa justamente a causa do excesso daquela manhã.
Continue lendoCAPÍTULO PRIMEIRO Não, não se descreve a consternação que produziu em todo o Engenho Velho, e particularmente no coração dos
Continue lendoHá ocorrências bem singulares. Está vendo aquela dama que vai entrando na Igreja da Cruz? Parou agora no adro para
Continue lendoImagine a leitora que está em 1813, na Igreja do Carmo, ouvindo uma daquelas boas festas antigas, que eram todo
Continue lendoHá entre os suicidas um excelente costume, que é não deixar a vida sem dizer o motivo e as circunstâncias
Continue lendoNão me perguntem pela família do Dr. Jeremias Halma, nem o que é que ele veio fazer ao Rio de Janeiro, naquele ano de 1768, governando o conde de Azambuja, que a princípio se disse o mandara buscar; esta versão durou pouco. Veio, ficou e morreu com o século. Posso afirmar que era médico e holandês. Viajara muito, sabia toda a química do tempo, e mais alguma; falava correntemente cinco ou seis línguas vivas e duas mortas
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