Category Archives: Gilka Machado
Pelo Telefone – Poema de Gilka Machado
Ignoro quem tu és,de onde vens,aonde irás;amo-te pelo enigma pertinazque em ti me atrai e me intimida,por essa música mendazde tua vozque alvoroçou minha audiçãoe me vem desviando a vidade seu destino de solidão. Ignoro quem tu és,de onde vens,aonde irás…Fala-me sempre,mente mais;não te posso exprimir o pavor que me invade,as aflições que me consomem,ao… Read More »
Nesta ausência – Poema de Gilka Machado
Nesta ausência que me excita,tenho-te, à minha vontade,numa vontade infinita…Distância, sejas bendita!Bendita sejas, saudade! Teu nome lindo…Ao dizê-loqueimo os lábios, meu amor! O teu nome é um setestrelona noite da minha dor. Nunca digas com firmezaque a mágoa apenas crucia:a saudade é uma tristeza,que nos dá tanta alegria! Passo horas calada e queda,a rever, a… Read More »
Esboço – Poema de Gilka Machado
Teus lábios inquietospelo meu corpoacendiam astros…e no corpo da mataos pirilamposde quando em quando,insinuavamfosforecentes carícias…e o corpo do silêncio estremecia,chocalhava,com os guizosdo cri-cri osculantedos grilos que imitavama música de tua boca…e no corpo da noiteas estrelas cantavamcom a voz trêmula e rútilade teus beijos 723 Visualizações
O retrato fiel – Poema de Gilka Machado
Não creias nos meus retratos, nenhum deles me revela, ai, não me julgues assim! Minha cara verdadeira fugiu às penas do corpo, ficou isenta da vida. Toda minha faceirice e minha vaidade toda estão na sonora face; naquela que não foi vista e que paira, levitando, em meio a um mundo de cegos. Os meus… Read More »
Verão – Poema de Gilka Machado
A Primavera veio e se foi, mas deixou tremendo em cada seio um rebento de amor. O Verão se acentua, e, de manhã, bem cedo, vêm dos silêncios amplos e sombrios dos versudos moitais, vêm do arvoredo, murmúrios macios de cicios… Há um mistério, um segredo que sai dos íntimos refolhos da alma dos animais,… Read More »
Lépida e leve – Poema de Gilka Machado
Lépida e leve em teu labor que, de expressões à míngua, O verso não descreve… Lépida e leve, guardas, ó língua, em seu labor, gostos de afagos de sabor. És tão mansa e macia, que teu nome a ti mesmo acaricia, que teu nome por ti roça, flexuosamente, como rítmica serpente, e se faz menos… Read More »
Impressões do gesto – Poema de Gilka Machado
A uma bailadeira A tua dança indefinida, que me retém extática, surpresa, guarda em si resumida a harmonia orquestral da natureza, a euritmia da Vida. (…) Danças, os membros novamente agitas, todo teu ser parece-me tomado por convulsões de dores infinitas… E desse trágico crescendo de gestos que enchem o silêncio de ais, vais smorzando,… Read More »
Troversando – Poema de Gilka Machado
Do sucesso na subida nunca te orgulhes demais muito difícil na vida é conservar o cartaz (…) Eu não explico a ninguém pois ainda não compreendi porque te chamo meu bem se sofro tanto por ti. (…) Entre nuvens no infinito, sofro a prisão mais prisão… Sinto-me pássaro aflito na gaiola de um avião. Não… Read More »
Encantamento – Poema de Gilka Machado
A Francisco Alves – O perfeito intérprete da canção brasileira Canta, que tua voz ardente e moça faz com que eu sinta a meiguice das palavras que a vida não me disse. Para te ouvir melhor abro as janelas e fico a sós com tua voz sonhando que a noite está cantando pelos lábios de… Read More »