Tag Archives: poesia de Machado de Assis

Pálida Elvira – Poema de Machado de Assis

Ulisse, jeté sur les rives d’Ithaque, ne les reconnaît pas et pleure sa patrie. Ainsi l’homme dans le bonheur possédé ne reconnaît pas son rêve et soupire. Daniel Stern. I Quando, leitora amiga, no ocidente Surge a tarde esmaiada e pensativa; E entre a verde folhagem rescendente Lânguida geme a viração lasciva; E já das… Read More »

Epitáfio do México – Poema de Machado de Assis

Dobra o joelho: — é um túmulo. Embaixo amortalhado Jaz o cadáver tépido De um povo aniquilado; A prece melancólica Reza-lhe em torno à cruz. Ante o universo atônito Abriu-se a estranha liça, Travou-se a luta férvida Da força e da justiça; Contra a justiça, ó século, Venceu a espada e o obus. Venceu a… Read More »

A Carolina – Poesia de Machado de Assis

Querida, ao pé do leito derradeiro Em que descansas dessa longa vida, Aqui venho e virei, pobre querida, Trazer-te o coração do companheiro. Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro Que, a despeito de toda a humana lida, Fez a nossa existência apetecida E num recanto pôs um mundo inteiro. Trago-te flores, — restos arrancados Da terra que… Read More »

Quinze Anos – poesia de Machado de Assis

Oh! la fleur de l’Eden, pourquoi l’as-tu fannée, Insouciant enfant, belle Eve aux blonds cheveux! Alfred de Musset Era uma pobre criança… — Pobre criança, se o eras! — Entre as quinze primaveras De sua vida cansada Nem uma flor de esperança Abria a medo. Eram rosas Que a doida da esperdiçada Tão festivas, tão… Read More »

Visio – Poesia de Machado de Assis

Eras pálida. E os cabelos, Aéreos, soltos novelos Sobre as espáduas caíam… Os olhos meio cerrados De volúpia e de ternura Entre lágrimas luziam… E os braços entrelaçados, Como cingindo a ventura, Ao teu seio me cingiam… Depois, naquele delírio, Suave, doce martírio De pouquíssimos instantes Os teus lábios sequiosos, Frios, trêmulos, trocavam Os beijos… Read More »